segunda-feira, 1 de abril de 2013

A Parábola do Tempo





Uma vez, um professor meu da faculdade explicou uma teoria durante a duração de uma prova onde deveríamos analisar  uma parábola de tempo, onde durante a ascensão é a hora que os nossos cérebros trabalhavam a todo vapor, até chegar ao ponto mais alto da performance, depois disso a parábola começa a descer, é a hora que o cérebro já não rende mais tantas soluções rápidas e precisas como no inicio, até chegar na hora que nada mais poderia ser extraído dele. 

Esses dias eu estava lembrando dessa historia do professor e um outro pensamento cruzou minha parábola do tempo.

Será que eu poderia usar essa mesma parábola pra outros tipos de situações?

Como por exemplo um intercâmbio. Onde partimos do zero, sem conhecer ninguém, sem conhecer a língua, sem saber por onde andar e em quem confiar. 

E conforme a parábola começa a subir vamos conhecendo pessoas, conhecendo lugares, aprendendo a língua e construindo a nossa história “voando com as próprias asas”. Até que chegamos no ponto alto da parábola. Onde podemos olhar pra trás e ver tudo o que vivemos e o que conquistamos, nossos erros e acertos, todas as pessoas que passaram, entraram e se foram da nossa vida. 

Essas idas e vindas, pessoas chegando com mãos vazias e depois indo embora sós, deixando um pouco de si e levando um pouco de nós.  

Algumas parábolas são mais curtas, outras interrompidas mas uma maioria tem o seu ciclo de “viver fora” completado com sucesso, uns com alguns meses, outro com alguns anos. 

Cada um tem o seu tempo e não deve lutar contra isso, mas o que me intriga mais nessa loucura toda é que nunca sabemos ao certo enxergar se já chegamos no ponto alto ou se estamos na descida da parábola. Onde já não estamos pilotando as nossas vidas com giro tão alto, e muitas vezes sacrificando oportunidades esperadas  por muito tempo por não estarmos no lugar certo, e sim tentando conquistar algo que não há de ser conquistado. 

Independentemente dessa maluquice de parábola, ciclos, vitorias e derrotas. As vezes vale a pena parar um pouco e ver se todas as renúncias realmente valem a pena e principalmente se o nosso tempo não está simplesmente escorrendo pelos dedos, literalmente desperdiçado em busca de algo que já foi conquistado.

A pergunta que fica é: Em que parte da parábola você está?

Cheers.

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